VOU, MATO E VOLTO (1967)
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VOU, MATO E VOLTO (1967)



Na versão em italiano do clássico "Três Homens em Conflito" (1966), de Sergio Leone, há um diálogo em que Tuco (Eli Wallach) diz ao personagem de Clint Eastwood: "Vado, l'ammazzo e torno" (em bom português, "Vou, mato e volto"). A frase infelizmente se perdeu na dublagem em inglês (que virou "I get dressed, I kill him and be right back"), mas sua versão em italiano é tão boa que, diz a lenda, Leone pretendia fazer um filme justamente com este título, "Vado, L'ammazzo e Torno". Só que um jovem diretor chamado Enzo G. Castellari saiu na frente e, já no ano seguinte (1967), lançou seu próprio VOU, MATO E VOLTO!

Castellari não apropriou-se do título de Leone por acaso: seu western é uma homenagem declarada e também uma tiração de sarro com "Três Homens em Conflito": enquanto o clássico de Sergio Leone contava a história de três pistoleiros que se ajudavam e se enganavam mutuamente na caçada a um tesouro enterrado num cemitério, em VOU, MATO E VOLTO outros três pistoleiros igualmente se ajudam e se enganam o tempo inteiro na caçada a um tesouro escondido num velho convento, e com várias referências a Sergio Leone!


Confesso ao leitor que não gostei muito do filme quando vi pela primeira vez. Talvez porque, devido ao título sensacional, eu esperasse por algo mais sério e violento - afinal, é um filme de Enzo Castellari, o "Sam Peckinpah italiano"! Pode ser que eu esperasse a marca registrada do velho Enzo - a câmera lenta nas cenas de ação -, esquecendo que, àquela altura, o homem ainda estava começando e definindo um "estilo".

Poranto, o resultado ficou longe do que eu esperava: VOU, MATO E VOLTO segue uma linha mais cômica e absurda, sem se levar muito a sério, embora nada tão exagerado quanto nos filmes da dupla Terence Hill e Bud Spencer. Foi só recentemente que eu o revi como o que ele realmente é (uma sátira de "Três Homens em Conflito"), e passei a gostar da brincadeira.


O filme já começa com uma introdução antológica que dá o tom da inteligente tiração de sarro de Castellari, quando vemos três pistoleiros mal-encarados entrando numa cidadezinha. Até aí, nada de novo: quantos westerns spaghetti começam do mesmíssimo jeito? A diferença é que o trio de mal-encarados é formado por sósias do "Homem Sem Nome" interpretado por Clint Eastwood na Trilogia do Dólar (inclusive vestido com o mesmo poncho), do Coronel Mortimer interpretado por Lee Van Cleef em "Por uns Dólares a Mais" e do Django interpretado por Franco Nero!

Logo, o trio de ilustres valentões do western spaghetti cruza com uma carroça levando três caixões. Eles abordam seu condutor e perguntam quem são os mortos. Um homem que acompanha o cortejo fúnebre fala três nomes, e os pistoleiros se apavoram: "Mas somos nós!". Antes que possam se recuperar do susto, são impiedosamente abatidos por tiros certeiros do homem misterioso, que na verdade é um caçador de recompensas conhecido como The Stranger, (ou "Forasteiro", nas legendas brasileiras)!


Ou seja, VOU, MATO E VOLTO já começa mostrando que seu personagem principal é tão fodão que, numa tacada só, despacha "Clint Eastwood", "Lee Van Cleef" e "Franco Nero"! O Forasteiro é um dos primeiros grandes papeis de George Hilton, um uruguaio de Montevideo que foi para a Europa para ser astro de cinema. Antes, Hilton foi "007" numa comédia chamada "Dois Mafiosos contra Goldfinger" (!!!) e parceiro de Franco Nero no excelente "Tempo de Massacre", dirigido por Lucio Fulci. Depois, ele interpretaria Sartana (em imitações sem relação com a franquia oficial), Allelujah e Tressette (outros pistoleiros menos conhecidos que tiveram direito a duas aventuras cada),

O Forasteiro revela ao condutor da carruagem - e ao espectador - que sua próxima missão é sair atrás do bandidão mexicano Monetero (GIlbert Roland), cuja cabeça vale uma fortuna. Na versão original em italiano, o caçador de recompensas até usava a clássica sentença de "Três Homens em Conflito" que dá título ao filme, "Vado, l'ammazzo e torno", e que também foi arruinada aqui na dublagem em inglês, transformando-se numa outra frase de efeito qualquer ("Pode apostar seu último centavo que vou pegá-lo"). O que leva alguém a estragar pela segunda vez uma sentença tão clássica? Bem, talvez porque, nos Estados Unidos, VOU, MATO E VOLTO foi rebatizado com um título genérico, "Any Gun Can Play".


A nova empreitada do caçador de recompensas não será tão simples quanto o trio de valentões da introdução: Monetero e sua quadrilha estão se preparando para roubar um trem escoltado por soldados fortemente armados, e que transporta a fortuna de 300 mil dólares em moedas de ouro. Além dos soldados, segue com o comboio o próprio Forasteiro e um banqueiro chamado Clayton, preocupadíssimo com a possibilidade de a grana ser roubada durante a viagem.

O almofadinha é interpretado pelo norte-americano Edd Byrnes, que foi um grande astro da TV norte-americana entre 1958 e 1964 graças à sua atuação como coadjuvante "77 Sunset Strip", chegando a receber 15 mil cartas de fãs por semana! Mas a série acabou, Byrnes caiu no ostracismo e foi para a Europa estrelar westerns, como este.


O aguardado assalto finalmente acontece: os homens de Monetero atacam o trem, matam vários soldados e fogem com o vagão contendo a fortuna. Mas um dos capangas do vilão, Pajondo (Ignazio Spalla, de "O Dólar Furado"), foge com a fortuna. Ele a esconde em local ignorado e tenta cruzar a fronteira do México, mas é morto pelo exército durante a fuga. Monetero consegue recuperar um medalhão usado pelo traidor, a única pista para a localização do tesouro, mas acaba sendo preso.

Na cadeia, o banqueiro Clayton pressiona o comandante para que faça Monetero abrir o bico, sem saber que o bandidão também desconhece o local onde a fortuna foi desconhecida, tendo o medalhão de Pajondo como "mapa" que não consegue decifrar. Logo, Monetero recebe em sua cela a visita do Forasteiro, vestido como padre. O caçador de recompensas concorda em ajudar o bandido a escapar para ajudá-lo na caça ao tesouro. Ganha metade do medalhão como garantia e põe em prática um ousado plano de fuga.


Mas é a partir da fuga de Monetero da cadeia que as coisas começam a se complicar. O bandido trai o Forasteiro, rouba de volta a segunda metade do medalhão e parte sozinho em busca do tesouro. Já o almofadinha Clayton revela ter papel fundamental na trama e também sai na caça à fortuna. Lá pelas tantas, também aparece um novo interessado no tesouro, um agente de seguros que está tentando rastrear a bolada para não ter que pagar a indenização ao banco de onde os 300 mil foram roubados!

Sabe aqueles filmes onde nada é o que parece ser? Pois VOU, MATO E VOLTO segue nessa linha: exagerando ainda mais o que já acontecia em "Três Homens em Conflito", a relação entre os três personagens principais nunca é totalmente explicada ao espectador e só fica clara no final, depois que um já traiu o outro pelo menos dez vezes. E é tanta traição e mudança de lado que no final, ao ser abandonado pela amante (que também se revela uma traidora), um dos protagonistas diz, com a maior calma do mundo: "Que diferença faz? Ninguém mais está sendo sincero mesmo!".


O roteiro do filme foi assinado por três pessoas: Castellari, seu colaborador habitual Tito Carpi e Giovanni Simonelli, baseados numa história original de Romolo Guerrieri e Sauro Scavolini. Talvez tanta gente envolvida tenha contribuído para a bagunça que é o roteiro, com o trio de personagens centrais mudando de lado o tempo todo motivados pela cobiça, lembrando vagamente outro clássico: "O Tesouro de Sierra Madre", de John Huston.

Em um momento, o Forasteiro ajuda Monetero ao invés de matá-lo e embolsar a recompensa, mas acaba sendo traído por ele; depois, Clayton ajuda o Forasteiro, mas apenas para depois revelar estar do lado do bandidão Monetero desde o começo; finalmente, os arquiinimigos Monetero e Forasteiro se unem contra Clayton, mas a escalada de traições está longe de terminar. É tanto "muda para um lado / muda para outro" que lá pelas tentas o espectador até desiste de tentar entender as motivações dos personagens.


Mas isso me incomodou muito mais na primeira vez que vi VOU, MATO E VOLTO do que na revisão. Conhecendo a proposta e a dinâmica do filme, fica muito mais fácil encará-lo como o divertido passatempo que é do que numa primeira assistida, quando o excesso de voltas e reviravoltas chega a irritar o espectador.

O filme começa violento, com dezenas de mortes no ataque ao trem; mas o segundo ato é mais leve e puxado para a comédia-pastelão, com piadinhas inocentes (tipo a cena em que Forasteiro usa apenas sua roupa de baixo vermelha, lembrando o uniforme do Super Pateta nos quadrinhos!) e pancadarias exageradas ao estilo Terence Hill e Bud Spencer, com heróis e vilões destruindo cenários inteiros durante a troca de pancadas (a briga numa casa de banho é especialmente inspirada nesse quesito, já que os protagonistas destróem o lugar enquanto brigam).


Finalmente, no último ato, parece que as coisas voltarão a ser tão violentas quanto no começo. O desfecho da caçada ao tesouro envolve um momento, dentro de uma igreja abandonada, que remete à conclusão de "Três Homens em Conflito": um tiroteio triplo envolvendo o Forasteiro, Monetero e Clayton, mas com um desfecho bem diferente, comprovando que Castellari e cia. só queriam brincar com o clássico de Leone, e não recriá-lo.

No conjunto, VOU, MATO E VOLTO é diferente do que o diretor Castellari faria depois. Ainda não aparecem suas marcas registradas nos trabalhos posteriores - a câmera lenta e a violência explícita e exagerada -, mas o próprio Sam Peckinpah, que inspirou o estilo do diretor italiano, ainda estava refinando a sua técnica nessa época.


Mas já dá para perceber umas belas sacadas que comprovam o talento de Castellari ainda em seus primeiros filmes (ele tinha 29 anos quando fez VOU, MATO E VOLTO). Por exemplo, é interessante como o diretor usa, em diveras cenas, o recurso do revólver em primeiro plano apontando para outros personagens, como se a visão da câmera fosse a do próprio espectador (lembrando até aqueles jogos em primeira pessoa que se tornariam populares a partir da década de 1990, como "Doom" e "Quake").

Outro momento visualmente inspirado é aquele em que Clayton, durante o jantar, percebe a aproximação de inimigos armados e derrama a taça de vinho sobre a mesa, para poder enxergar o reflexo dos seus agressores na poça da bebida!


E o Forasteiro... que personagem bem bolado! Chega a ser um desperdício que não tenha sido aproveitado em outras aventuras. O caçador de recompensas implacável, mas também fanfarrão e piadista, que se disfarça de coveiro e de padre para enganar os rivais e leva sempre consigo uma verdadeira galeria de cartazes de recompensa com seus "alvos", é a melhor coisa de VOU, MATO E VOLTO.

A exemplo do personagem de Clint Eastwood na "Trilogia do Dólar", o Forasteiro de George Hilton não tem nada de heróico: é um amoral que só pensa no próprio nariz e no dinheiro que vai ganhar. Na cena do assalto ao trem, por exemplo, ele tem a chance de matar Monetero, mas desiste e prefere esperar que aumentem a recompensa pela cabeça do vilão graças ao assalto!

Em outro momento, o Forasteiro passa tranquilamente pelo cadáver de um bandido traído pelo seu comparsa, dá uma conferida no cartaz de recompensa pela cabeça do dito cujo e chega à conclusão de que o dinheiro recebido não vale o esforço de carregar o corpo do finado até o xerife!


Não dá para deixar de citar a música, composta pelo mestre Francesco De Masi (que só pisa na bola com o "tema humorístico" que criou para as cenas de pancadaria), e a presença da bela ruiva Stefania Careddu, aqui usando o nome artístico "Kareen O'Hara", e que é um raro colírio para os olhos numa trama predominantemente masculina.

Infelizmente, embora a moça tenha sido apresentada com destaque no trailer do filme, talvez com a intenção de transformá-la numa nova estrela do gênero, a italianinha nunca alçoou maiores voos, voltando no western seguinte de Castellari, "Deus Criou o Homem e o Homem Criou o Colt" (1968), e então mergulhando direto para o esquecimento.


Claro, VOU, MATO E VOLTO não deve ser levado muito a sério, e está mais para uma história em quadrinhos do que para uma trama realista. Além das múltiplas traições difíceis de engolir, também tem o inexplicável detalhe do tal medalhão que leva ao tesouro: por que diabos o bandido que escondeu o ouro carrega aquele medalhão consigo como pista para a sua localização, se foi ELE MESMO quem escondeu o dinheiro e sabe muito bem onde está? Será que ele tinha medo de esquecer onde escondeu uma fortuna? Por que se arriscar a revelar a localização levando o medalhão como mapa? Óbvio que se não existisse o medalhão não existiria mapa e nem caça ao tesouro, e o filme terminaria no momento em que o bandido que escondeu o ouro fosse morto; mas os roteiristas poderiam ter pensado numa explicação melhor para justificar o negócio!

(O medalhão ou mapa dividido em partes que pertencem a personagens diferentes, e que precisam ser reagrupados para indicar a localização da fortuna, é um dos grandes clichês do cinema de aventura e também de muitos filmes de faroeste, o que de certa maneira explica a sua reutilização aqui.)


Mas não se engane: ainda que o filme seja bem divertido e funcione, a melhor coisa ainda é o título VOU, MATO E VOLTO, que rivaliza com aquele que eu acho o melhor título de western spaghetti de todos os tempos, "Deus os Cria... Eu os Mato!". Em seus trabalhos seguintes no gênero, Castellari tentou recriar algo tão sonoro diversas vezes ("Vou, Vejo e Disparo", "Mate Todos Eles e Volte Só"), mas sem sucesso.

Com os sucessivos lançamento e relançamentos ao redor do mundo, a obra ganhou diferentes títulos, mas nenhum tão bom quanto o original. Na Alemanha, por exemplo, foi lançado como se fosse uma aventura da série "Django" - e o personagem de Hilton, ao invés de se chamar Forasteiro, acabou sendo rebatizado como Django! Outros títulos alternativos são "Blood River", "Glory, Glory Hallelujah" e "For a Few Bullets More".


No Brasil, o filme foi originalmente lançado como VOU, MATO E VOLTO em vídeo pela extinta Century (boa!), mas depois relançado em DVD por diversas distribuidoras, inclusive pela famigerada London/Works com um título genérico, "Terra Sem Lei".

Engraçado é que nenhum dos DVDs nacionais ou estrangeiros têm a versão completa do filme, com 105 minutos, trazendo apenas a versão internacional de 98 minutos. Parece que a versão completa passou apenas na TV alemã. Estes sete minutos a mais explicam melhor a história e o relacionamento entre os personagens.



Ah, os brasileiros também puderam conferir a obra de Castellari numa outra mídia: a fotonovela! Acontece que, nos anos 70, a Rio Gráfica Editora resolveu explorar o fascínio do público brasileiro pelo western spaghetti com a revista "Ringo", que publicava versões em fotonovela de filmes como "…E per Tetto un Cielo di Stelle" e "Um Trem para Durango".

A "fotonovelização" de VOU, MATO E VOLTO saiu no número 8 da revista, em 1971, rebatizando o Forasteiro como "Greenfield" e com um quadro de texto moralista no último quadrinho, explicando o que, segundo o cara que fez a adaptação, teria acontecido aos personagens: "Nenhum deles aproveitou o ouro, que o banco recuperou, algum tempo depois, quase inteiramente. Clayton e Monetero foram fuzilados pelos soldados, e Greenfield sucumbiu pouco depois, vítima de um acidente de trabalho, quando caçava um fora-da-lei"!!! Todos os exemplares da "Ringo" hoje são autênticas raridades.

PS: Uma das lendas não-confirmadas sobre o filme é que o papel tão bem interpretado por George Hilton teria sido inicialmente oferecido a um certo ator norte-americano chamado... Charles Bronson! Mas o lendário astro teria recusado a proposta, como já havia feito ao ser convidado por Sergio Leone para estrelar "Por Um Punhado de Dólares". No ano seguinte (1968), Bronson estrelaria a obra-prima "Era Uma Vez no Oeste".


Trailer de VOU, MATO E VOLTO



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Vado... L'ammazzo e Torno / Any Gun Can Play
(1967, Itália)

Direção: Enzo G. Castellari
Elenco: George Hilton, Edd Byrnes, Gilbert Roland,
Stefania Careddu, Gérard Herter, Ignazio Spalla,
Ivano Staccioli, Salvatore Borghese e Rocco Lerro.


* E a quem interessar possa, eis a lendária capinha do VHS brasileiro do filme, uma das mais bonitas que já vi, e que infelizmente foi substituída por artes mequetrefes e photoshopadas nas versões lançadas em DVD, tanto aqui como lá fora (clique para ampliar).




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