Em 1978, o ainda pouco conhecido John Carpenter dirigiu e co-escreveu um pequeno filme de horror independente chamado "Halloween", que se tornaria um dos grandes ícones do gênero. Mais do que isso, este pequeno filme de horror independente sobre um assassino de babás daria origem a um lucrativo subgênero: os filmes slasher, sobre psicopatas (geralmente) mascarados perseguindo e matando brutalmente grupos de adolescentes com os hormônios em ebulição.
Alguns dos elementos típicos do cinema slasher já haviam aparecido antes em "Banho de Sangue" (1971), de Mario Bava, e "Noite do Terror" (1974), de Bob Clark, só para citar dois exemplos bem famosos. Mas "Halloween" foi bem-sucedido ao juntar todas essas ideias e características antes espalhadas por diferentes obras num único filme, tornando-se a inspiração principal de tudo o que seria feito a partir de então nesse estilo, de "Sexta-feira 13" a "Pânico".
Enquanto isso, no começo dos anos 1980, o espanhol Jess Franco trabalhava praticamente como diretor de aluguel, contratado por produtores de diferentes países europeus para filmar obras baratas de acordo com o que estava fazendo sucesso no momento.
Foi assim que ele acabou assinando filmes de zumbis, canibais e até um slasher, este para uma dupla de produtores alemães (Otto Retzer e Wolf C. Hartwig) que queria garantir sua fatia da gorda bilheteria que obras semelhantes vinham faturando - além de "Halloween", o primeiro "Sexta-feira 13" tinha custado US$ 500 mil e faturado quase 40 milhões de dólares só nos cinemas dos Estados Unidos!
O único slasher dirigido por Franco chama-se "Die Säge des Todes" no original (tradução: "A Serra da Morte", numa referência à grande cena do filme). Mas o filme é mais conhecido pelo título internacional, BLOODY MOON ("Lua Sangrenta", em português). Foi rodado em 1980 e lançado nos cinemas no início de 1981, um dos melhores anos para fãs de filmes slasher, quando saíram belos títulos como "Dia dos Namorados Macabro" e "Chamas da Morte".
Numa divertida entrevista que acompanha o DVD do filme, lançado nos Estados Unidos há alguns anos pelo selo Severin, o diretor espanhol conta que foi ludibriado pelos tais produtores alemães, que lhe prometeram um grande técnico de efeitos especiais de Hollywood (Tom Savini?) para fazer as cenas de morte e uma trilha sonora composta pela banda de rock Pink Floyd (!!!).
Em troca, Jess deveria dirigir um filme com "50 cenas assustadoras" - sim, esse foi o pedido expresso dos produtores. E eu confesso que nunca assisti BLOODY MOON contando as tais cenas assustadoras, mas vamos combinar que é um pedido no mínimo curioso.
Não sei se foi o próprio Franco ou o roteirista "Rayo Casablanca" (pseudônimo do gerente de produção Erich Tomek), mas alguém aí fez a lição de casa direitinho: BLOODY MOON é bem parecido com "Halloween", visualmente e narrativamente, além de pegar algumas ideias daqueles precursores dos filmes slashers que eu citei antes.
E já começa "adaptando" a famosa cena inicial de "Halloween", aquela em que a câmera assume o ponto de vista do assassino para ficar stalkeando sua próxima vítima, imitando até o momento em que ele coloca uma máscara e o espectador passa a "enxergar" pelos buracos dos olhos da dita cuja (o problema é que a câmera só "vê" por um único buraco, como se o assassino fosse caolho!!!).
A diferença é que não estamos em Haddonfield, aquela cidadezinha dos Estados Unidos, mas em Alicante, na Espanha; não na noite de Halloween, mas em meio a uma animada festa (batizada "Festival da Lua"), realizada num resort para turistas. E ao invés de Michael Myers, o assassino aqui é o jovem Miguel (o austríaco Alexander Waechter). Caso você não tenha percebido a referência, "Miguel" é o equivalente em espanhol para Michael!
Ao contrário de sua versão norte-americana em "Halloween", o Miguel de BLOODY MOON não é uma criança precoce prestes a cometer seu primeiro assassinato matando a própria irmã, mas sim um adolescente que tem o rosto deformado, e por isso sofre bullying e é tratado como esquisitão por todos os hóspedes do tal resort.
Durante a festa, ele surrupia uma máscara de Mickey Mouse e a utiliza não apenas para cobrir o rosto deformado, mas também para se passar por um outro rapaz e seduzir uma gostosona. Só que na hora H, quando eles já estão na cama, a máscara é retirada bruscamente e revela o rosto de Miguel. A moça tem um ataque de pânico, começa a gritar e o rapaz se vinga matando-a brutalmente a tesouradas. Detalhe: o assassinato acontece no bangalô de número... adivinha?... 13!!!
A exemplo da sua contraparte norte-americana, Miguel é internado numa instituição para doentes mentais e tratado pelo seu próprio Dr. Loomis, aqui chamado Dr. Domingo Aunous (e, na falta de Donald Pleasence, o próprio Franco interpreta o papel). Cinco anos se passaram e o homicida está para ser libertado sob a guarda da irmã, Manuela (a linda Nadja Gerganoff, em seu único filme).
Mas o próprio médico alerta que Miguel pode não estar "totalmente curado", e por isso não deve ter nenhum contato com qualquer coisa que lhe faça recordar da noite do assassinato. E não é que Manuela, muito atenciosa, leva o irmão de volta para o mesmo resort onde ele cometeu aquele crime brutal, agora transformado numa escola de espanhol para turistas norte-americanas?
Como este é um filme de Jess Franco, a tal escola (chamada International Youth-club Boarding School of Languages) é povoada apenas por garotas gostosas e com fogo no rabo, que passam 0,5% do seu tempo aprendendo espanhol (que deveria ser o objetivo principal da escola) e os 99,5% restantes falando sobre sexo ou fazendo sexo!
A exceção, claro, é Angela (a alemã Olivia Pascal, na sua melhor imitação de Jamie Lee Curtis), uma doce e virginal estudante da tal escola, por quem o ex-psicopata Miguel (será "ex" mesmo?) ficará encantado - ou obcecado, como preferir. À medida que a trama se desenrola, várias colegas e amigas da moça irão desaparecer, mortas brutalmente por um assassino mascarado. Mas quem é ele, e qual a motivação por trás dos crimes?
BLOODY MOON é considerado um dos trabalhos mais impessoais do velho Jess, e percebe-se claramente que ele está dirigindo no piloto automático. Isso não quer dizer que o filme seja ruim, ou mal-feito; pelo contrário, a produção é caprichada, e embora o tal maquiador de efeitos de Hollywood nunca tenha aparecido, o espanhol Juan Ramón Molina (até hoje trabalhando em filmes como "Dagon", de Stuart Gordon, e "Las Brujas de Zugarramurdi", de Álex de la Iglesia) deu conta do recado com criatividade.
Franco nunca foi um diretor "gore", mas aqui ele teve a oportunidade de exercer certo sadismo filmando as mortes mais exageradas e brutais para as suas personagens. Tem de tudo um pouco, incluindo uma garota que é apunhalada pelas costas e a ponta da faca atravessa seu corpo e sai pelo bico do seio (uma cena que Lucio Fulci e Dario Argento certamente lamentaram por não ter filmado antes), e a tal cena mais famosa que está até no pôster, em que outra menina é imbecil o suficiente para deixar um possível amante amarrá-la debaixo de uma gigantesca serra circular - e paga caro pelo erro.
Como escrevi lá em cima, o roteiro de BLOODY MOON não bebe apenas da fonte de "Halloween" e "Sexta-feira 13" (dois filmes ainda bem recentes na época), mas também de precursores do filão. De Mario Bava e seu "Banho de Sangue", por exemplo, Franco e cia. pegaram emprestado o fato de os assassinatos não serem aleatórios, mas sim motivados pela cobiça.
Acontece que a proprietária da área em que fica a escola é uma milionária megera, a Condessa Maria Gonzales (María Rubio), uma óbvia referência à condessa dona da baía em "Banho de Sangue" (ambas inclusive estão em cadeiras-de-rodas)! Como lá no filme do Bava, o desejo de possuir a fortuna da velha é a mola propulsora dos assassinatos também aqui. A Condessa é tia dos irmãos Manuela e Miguel, e adivinhe quem vai herdar tudo se a velha bater as botas?
Já de "Noite do Terror", BLOODY MOON pega o detalhe de o assassino passar o filme inteiro aterrorizando a mocinha Angela com gravações e telefonemas, como fazia o vilão daquele filme - e de vários outros slashers da mesma época, como "Quando um Estranho Chama" (1979) e "A Morte Convida para Dançar" (1980), embora a molecada que nasceu ontem jure que quem inventou tudo isso foram os recentes "Pânico" e "Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado"...
Por fim, uma cena envolvendo a descoberta de um cadáver numa cadeira-de-rodas foi filmada de maneira muito similar à famosíssima cena final do clássico "Psicose", de Alfred Hitchcock, e eu realmente não acredito que seja apenas uma coincidência.
Lina Romay, esposa e musa de Franco, não aparece no filme, mas foi creditada como assistente do diretor (com o pseudônimo "Rosa Almirail"). Já o diretor de fotografia é o espanhol Juan Soler, que se tornaria um colaborador habitual do incansável Jess ao longo da década.
E apesar de a produção ser melhor do que muitas tranqueiras que Franco dirigiu no mesmo período, o resultado final não está livre de muitas gargalhadas involuntárias, geralmente provocadas por burradas do diretor (tipo gritantes erros de continuidade), ou por forçadas de barra do roteiro.
A tal escola de idiomas, por exemplo, é uma comédia. Descontando Angela, que é a "mocinha" (a final girl típica dos slashers), todas as outras garotas que estudam no local têm merda na cabeça e consideram "status social" ter transado com Antonio, o instrutor de tênis - aquelas que não abriram as pernas para ele são inclusive ridicularizadas pelas amigas.
Tem até um momento patético em que uma das moças fica pulando na própria cama e gemendo para fingir que está transando com Antonio, mas é logo desmascarada pelas amigas e vira motivo de chacota! E você pensando que as meninas da série "Sexta-feira 13" eram superficiais, né? Em BLOODY MOON, todas as personagens são tão estúpidas que você até torce pelo assassino, e comemora quando elas têm mortes horríveis (talvez fosse exatamente esse o objetivo do malucão Jess).
Isso sem contar que o lugar em que a história se passa é supostamente uma escola, mas mantém o estilo de resort chique: as garotas residem em bangalôs (e é claro que Angela vai acabar naquele de número 13), se divertem numa discoteca (era o finzinho da Febre Disco, e tem até uma patinadora na pista de dança!) e tomam banho de piscina de topless, tudo no intervalo das aulas e sem qualquer constrangimento, apesar de ter professores homens, um jardineiro demente (interpretado por um dos produtores, Retzer) e o próprio Miguel circulando por lá o tempo inteiro. Aula, que é bom, só quando sobra tempo! Quem mandou a gente estudar em escola pública, onde não tinha dessas putarias?
Como se trata de um filme dirigido por Jess Franco, é claro que existe bastante tensão sexual entre os personagens. E não fica só no oba-oba das meninas em cima do tal professor de tênis: a misteriosa Manuela cumpre um ritual noturno de mostrar os peitos para a lua (?!?), e se relaciona ao mesmo tempo com o escroque diretor da escola, Alvaro (Christoph Moosbrugger), e com o próprio irmão Miguel, com quem mantém uma relação incestuosa!
Curioso é ver Olivia Pascal posando de heroína inocente, virginal e sempre vestida, pois àquela altura ela já era bem conhecida (e o seu corpo nu também, frente e verso) por ter aparecido em vários filmes de erotismo softcore, como "Vanessa" (1977) e "Atrás dos Muros do Convento" (1978). Segundo o diretor, a primeira coisa que Olivia lhe disse ao chegar no set era que tinha se casado e (pelo menos) dessa vez não queria tirar a roupa. Desejo concedido - infelizmente.
Tirando os crimes violentos e as besteiras, o restante de BLOODY MOON é o tradicional feijão-com-arroz do subgênero: Angela passa o filme inteiro ou escapando dos atentados do assassino - que tenta matá-la até com uma gigantesca pedra, obviamente feita de isopor, numa cena de rolar de rir -, ou encontrando os cadáveres das suas amigas, ao mesmo tempo em que tenta, inutilmente, convencer os outros de que há um matador à solta.
Lá atrás, no começo dos anos 1980, muitos desses elementos ainda eram novidade (embora já estivessem aparecendo em diferentes filmes de horror desde a década de 60!). Hoje, entretanto, estão mais do que batidos, e quem for ver BLOODY MOON provavelmente vai adivinhar desde cedo quem vive, quem morre, quem é o assassino e até quando um gato vai pular "do nada" para dar um susto falso na mocinha.
Pelo menos o velho Jess tenta injetar alguns lances diferentes lá e cá, talvez para cumprir aquela cota de "50 sustos" exigida pelos produtores. Um momento bem criativo visualmente é aquele em que Angela sente-se ameaçada pela sombra do que parece ser um homem refletida na porta da frente do seu bangalô; ao abrir a porte, porém, ela constata que é apenas um garotinho, e que a sombra maior projetada através da porta não passava de uma ilusão de ótica (abaixo).
Mais adiante, numa cena que deve arrepiar os protetores de animais até hoje, uma cobra de verdade é morta sem cerimônia apenas pelo choque gratuito: a serpente desce de uma árvore e se aproxima ameaçadoramente de Angela, que está distraída, mas um colega parte para o salvamento cortando a cabeça do bicho com uma enorme tesoura de jardinagem! A questão é que tal cena não acrescenta absolutamente nada ao filme, e poderia facilmente ter sido cortada (a cena, não a cabeça da pobre cobra!).
Como aconteceu com muitos outros filmes slasher do período, o único interesse que BLOODY MOON pode ter hoje é pelas cenas de morte. Menos mal que este é um dos poucos trabalhos do diretor em que o departamento de efeitos especiais estava bem representado: as trucagens criadas por Molina podem até ser baratas, mas o resultado na tela é bem eficiente (e consideravelmente gráfico).
Cenas como a da serra circular decepando a cabeça da garota são mostradas sem nenhuma sutileza, com direito a generosos takes do pescoço da vítima sendo serrado até que a cabeça se solte do corpo e role pelo chão! O filme também é sem-noção o suficiente para mostrar o assassino atropelando e matando uma criança que testemunhou um dos seus crimes - o tipo de cena que você não vai ver nas produções norte-americanas.
Por isso, não surpreende o fato de o slasher de Jess Franco ter entrado na lista dos “Video Nasties” no Reino Unido - aquela temida relação que incluía filmes considerados extremamente violentos para uma época em que se discutia os limites da violência no cinema, e que ficaram proibidos naquela parte do mundo durante décadas (ou então circularam em versões mutiladas).
Vale lembrar que o pobre Franco teve a "distinção" de contar com TRÊS filmes seus na lista dos Video Nasties: este, "Women Behind Bars" e "Manhunter - O Sequestro" - embora os dois últimos sejam mais toscos e engraçados do que propriamente violentos, e certamente não mereciam estar numa relação de filmes banidos ao lado de "Cannibal Holocaust" e "Aniversário Macabro".
Até porque tem coisa muito mais terrível em BLOODY MOON do que as cenas de violência: a trilha sonora assinada por Gerhard Heinz é daquelas que dão vontade de furar os tímpanos!
Na falta do prometido Pink Floyd, apareceu o tal Heinz com uma música inexpressiva e equivocada, repleta de solos de guitarra, e que o próprio Jess assumiu que odiou (na entrevista para o DVD da Severin, ele falou que a trilha é a pior coisa do filme, mas mesmo assim foi obrigado a usar pelos produtores).
Embora não chegue aos pés dos melhores filmes do diretor, principalmente daqueles produzidos na sua fase mais inspirada (entre os anos 60-70), BLOODY MOON pelo menos é bem melhor do que muitos filmes slasher daquele período (a safra de 1980-81). E dá de dez a zero em muita coisa que veio depois, como aquelas assexuadas (e sem sangue) imitações de "Pânico" feitas entre as décadas de 1990 e 2000.
Pois mesmo dirigindo no piloto automático e entregando um trabalho sob encomenda, Jess consegue enfocar seus temas preferidos (sexo e morte) daquele seu jeitinho especial.
O resultado é bem melhor que algumas sequências de "Sexta-feira 13" e "Halloween", os filmes que o espanhol está visivelmente tentando imitar aqui.
E muito mais divertido também. Mesmo quando é involuntariamente.
PS: Cinéfilos metidos a besta certamente vão se contorcer de raiva ao saber que um tal de Pedro Almodovar (sim, "aquele" Pedro Almodovar) homenageou Franco ao colocar diversas cenas deste filme no início do seu "Matador" (1986), quando o protagonista se masturba assistindo a uma série de momentos violentos na TV (tirados de BLOODY MOON e também de "Blood and Black Lace", de Mario Bava). Obrigado ao Carlos Primati pela lembrança!
Trailer de BLOODY MOON
******************************************************* Die Säge des Todes / Bloody Moon (1981, Alemanha/Espanha) Direção: Jess Franco Elenco: Olivia Pascal, Christoph Moosbrugger, Nadja Gerganoff, Alexander Waechter, Jasmin Losensky, Corinna Drews, Ann-Beate Engelke e María Rubio.
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