Muito mais resenhas curtinhas para analfabetos funcionais
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Muito mais resenhas curtinhas para analfabetos funcionais


SCOTT PILGRIM CONTRA O MUNDO (Scott Pilgrim vs. the World, 2010, EUA. Dir: Edgar Wright)
É uma pena que o público-alvo desse filme (nerds viciados em videogames e/ou quadrinhos) não tenha lotado as salas de cinema, e por isso SCOTT PILGRIM CONTRA O MUNDO foi um injusto fracasso de bilheteria (provavelmente baixaram para ver em casa, os putos!). Injusto porque, mesmo um tanto afetado e exagerado, o trabalho do inglês Edgar Wright é MUITO divertido, até para quem odeia nerds e tudo que é relacionado a eles. Quando li os quadrinhos do "Scott Pilgrim", em que o filme se baseia com bastante fidelidade, lembro de ter ficado ora maravilhado, ora bestificado (tipo: "Por que estou lendo esse negócio afinal?"). O filme provoca a mesma sensação: não é fácil acompanhar uma narrativa estilo videogame em que um looser precisa enfrentar e derrotar os sete ex-namorados da sua atual paixão. Como num videogame, os inimigos derrotados viram moedas (!!!), e o personagem principal ganha vida extra para continuar lutando mesmo quando morre (na HQ tem também "save points" e várias referências a games clássicos, como Sonic e Kid Chameleon). Mas é entrar no espírito da brincadeira para curtir SCOTT PILGRIM como a comédia romântica nonsense que é, bobo e ao mesmo tempo inteligente, afetado e ao mesmo tempo original, com Wright comprovando que é um dos melhores cineastas contemporâneos (as passagens entre as cenas são simplesmente brilhantes). Alguns vão embarcar na proposta já com o logo da Universal estilo game 8 bits, no início; outros provavelmente vão ficar pensando "Mas por que eu estou vendo esse filme afinal?". Para mim, mesmo dividido entre os dois sentimentos (o filme às vezes parece longo demais), SCOTT PILGRIM entra sem ressalvas na lista dos melhores do ano. Agora, numa coisa eu concordo com os detratores: Michael Cera está ficando quase insuportável!


PELOTÃO DE GUERRA (POW - The Escape, 1986, EUA. Dir: Gideon Amir)
Quando você tem um roteiro de James Bruner (que escreveu os principais filmes do Chuck Norris) e David Carradine como astro numa produção da saudosa Cannon Pictures, é difícil errar. PELOTÃO DE GUERRA pode até não ser um grande filme, mas funciona que é uma beleza para uma descompromissada "Sessão da Tarde de macho". Carradine interpreta um militar linha-dura que, com o iminente fim da Guerra do Vietnã, resolve resgatar prisioneiros de guerra norte-americanos antes que eles sejam executados pelos vietcongues. Acaba ele mesmo preso e tendo que liderar uma rebelião e fuga. Achei que o filme seria um remake disfarçado de "Braddock 2", que tem o mesmo argumento, mas felizmente aqui a fuga do campo de prisioneiros acontece já aos 15 minutos, e o restante do filme mostra o drama dos fugitivos para sair das linhas inimigas. O roteiro é um festival de absurdos (dois personagens, um deles o vilão interpretado por Mako, são onipresentes e vivem reaparecendo quando menos se espera), mas é engraçado, hoje, ver o barulhento retrato de uma época (a Era Reagan) em todos os seus exageros. Mais engraçado ainda é perceber como esses filmes da Cannon são muito mais divertidos que as tentativas recentes de emular o cinema de ação oitentista, como "Os Mercenários" e "Machete". Enfim, para ver, rir e esquecer, mas rende uma bela sessão dupla com algum dos "Braddock" ou "American Ninja".


UMA HERANÇA DA PESADA (Larger Than Life, 1996, EUA. Dir: Howard Franklin)
Quando um ator famoso aceita fazer filmes contracenando com algum animal, isso geralmente significa o ponto mais baixo da sua carreira. De Chuck Norris a Tom Hanks, vários astros já caíram na armadilha. Era justamente o que eu esperava desse filme aqui: Bill Murray fazendo gracinhas ao lado de um elefante. Até estava na minha lista de "boicotados forever". Por isso, foi uma grata surpresa descobrir que Murray não caiu na armadilha. Apesar de contracenar com um animal (uma elefanta treinada), ele não deixa de lado seu cinismo característico nem suas tiradas ("one-liners") ferinas. O resultado passa longe do público infantil, e é agradável principalmente para adultos: um bem-humorado road movie que mostra um Bill Murray muito inspirado e muito engraçado tendo que cruzar metade dos Estados Unidos com o paquiderme que ganhou de herança. Só a cena em que ele tenta dirigir um caminhão já vale o filme inteiro. Mas, para completar, o ótimo elenco se dá ao luxo de ter Linda Fiorentino (ainda na sua fase "sex symbol") e Matthew McConaughey em papéis secundários. Esse último surpreendentemente mostra a veia cômica que lhe falta nas comédias em que é protagonista, impagável como um caminhoneiro caipira e meio psicopata. UMA HERANÇA DA PESADA também marca a transição entre o Bill Murray das comédias inofensivas e o Bill Murray que virou "ator sério" ao estrelar as produções cults de Wes Anderson, Jim Jarmusch e Sofia Coppola.


ATRAÇÃO PERIGOSA (The Town, 2010, EUA. Dir: Ben Affleck)
Acho que o único filme do Ben Affleck que eu gostei foi "Procurando Amy", do Kevin Smith. No geral, sempre achei o cara um péssimo ator, cheio de tiques irritantes, e ele ainda estragou o Demolidor, meu super-herói preferido! Agora, tem que dar o braço a torcer: Affleck deu a volta por cima com esse ATRAÇÃO PERIGOSA, filme em que o ator medíocre de sempre (e cuja carreira vinha em perceptível decadência) mostra-se um diretor e co-roteirista bem decente. Na prática, este é mais um "filme sobre assaltos", mostrando um grupo de bandidos que passa seu tempo criando planos infalíveis para roubar fortunas e despistar a polícia. Isso até um deles (o próprio Affleck, menos afetado que de costume) apaixonar-se pela gerente de um dos bancos assaltados, que foi levada por eles como refém. Seguem-se as confusões/tensões de praxe, até a conclusão com um plano muito ambicioso que dá errado. Apesar do título nacional prometer mais romance do que o filme realmente entrega, o resultado é de tirar o fôlego. Inclusive as cenas de assalto/troca de tiros com a polícia não fazem feio em comparação ao clássico contemporâneo "Fogo Contra Fogo", de Michael Mann, com um tiroteio final eletrizante Vá lá que o roteiro escolhe a conclusão mais fácil - ao contrário de "Atraídos pelo Crime", outro bom policial recente, em que quase todos os personagens acabam se dando mal no fim. Mas é pouco para desmerecer este belo trabalho. No elenco inspiradíssimo, destaque para Jeremy Renner (como bandido) e o quase desconhecido Jon Hamm (como agente do FBI, roubando todas as cenas em que aparece).


O HOMEM QUE VIRÁ (L'uomo che Verrà, 2009, Itália. Dir: Giorgio Diritti)
É uma equação infalível: crianças corajosas + nazistas cruéis + fotografia linda + reconstituição de época notável + drama de partir o coração = forte candidato ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. O HOMEM QUE VIRÁ é uma produção belíssima, mas que infelizmente cai naquela máxima dos filmes sobre a Segunda Guerra Mundial: de "A Lista de Schindler" a "O Pianista", quem viu um, viu todos. Esse não é diferente: apesar de mostrar que os nazistas não centraram fogo só nos judeus, mas também nos pobres colonos italianos de uma cidade ocupada, ele não muda muito o disco em relação a outras obras com a mesma temática, mostrando os alemães como sádicos extremamente cruéis, e fazendo questão de catalogar nos mínimos detalhes as suas barbaridades contra os inocentes habitantes (em cenas duras de assistir). O diferencial é justamente o fato de centrar o foco no impacto que essa barbárie toda provoca numa menininha, que, traumatizada pela morte do irmãozinho recém-nascido, ficou muda, mas espera ansiosa pelo nascimento de um novo bebê, o "homem que virá" do título. A menina e o bebê são os únicos sinais de esperança numa história que você mais ou menos já sabe, desde o começo, que vai acabar em tragédia. Para quem já está farto de histórias do gênero, o filme vale sobretudo pela fotografia e reconstituição de época - que será especialmente nostálgica para quem, como eu, foi criado numa cidadezinha de imigrantes italianos, com hábitos muito semelhantes aos das pessoas mostradas no filme. Também vale por um olhar um pouquinho mais imparcial que os "Lista de Schindler" da vida, como quando mostra que o movimento rebelde anti-nazistas foi tão nocivo aos pobres inocentes quanto o próprio inimigo. Para ver com o lenço na mão.


IMPACTO (Bay Rong, 2010, Vietnã. Dir: Le Thanh Son)
A máxima dos filmes da Segunda Guerra também se aplica aqui: se você já viu algum filme de ação vindo do Oriente, já viu IMPACTO. Burocrática e sem nada de novo em relação ao que já foi feito pelo pessoal de olhinho puxado (de John Woo a "Ong Bak"), essa produção nada original talvez funcione como cartão de visitas para quem nunca viu um filme do gênero. A história da mercenária que precisa fazer serviços sujos para salvar sua filha, refém de um perigoso gângster, pelo menos é contada com certo estilo, e as lutas, cada vez mais violentas e exageradas, são realistas e bem coreografadas (pobres dos dublês!). Mas, lá pelas tantas, fica evidente a intenção do diretor Thanh Son de plagiar todo e qualquer filme de Quentin Tarantino: não bastasse a própria trama ser uma reconstrução da idéia básica de "Kill Bill", há uma discussão de bandidos sobre os apelidos usados numa operação (como em "Cães de Aluguel"), cenas engraçadinhas (a garota seminua correndo no meio de um tiroteio) e diálogos espirituosos e auto-referenciais ("Isso até parece um filme de Hong-Kong!"). No geral não é grande coisa, mas vale pelas lutas e por ter uma conclusão completamente inesperada em relação ao destino da filha sequestrada. Só que é filme para ver e esquecer meia hora depois. O mais divertido foi ver IMPACTO em plena Mostra de Cinema de São Paulo (!!!) e testemunhar o público pseudo-cult abandonando a sala gradativamente. Sabe como é, filme de ação oriental é "popular" demais para eles (e não é chato o suficiente).


FÚRIA PRIMATA (Primal Rage, 1988, Itália/EUA. Dir: Vittorio Rambaldi)
Escrito pelo cineasta italiano Umberto Lenzi (!!!), esse é o primo pobre (e mais velho) de "Extermínio". Como no filme de Danny Boyle, um macaco usado em experiências escapa do laboratório (graças à ação idiota de um "ecologista") e começa a espalhar uma vírus modificado da raiva pelos corredores de uma universidade. O vírus transforma suas vítimas em zumbis extremamente violentos, embora menos irracionais que os de "Extermínio". A ameaça é combatida por um estudante e sua namorada. A boa premissa inicial não se sustenta, e, apesar do nome do renomado Carlo Rambaldi nos efeitos especiais, não há momentos memoráveis de violência explícita e nem monstrinhos decentes. O auge da bagaça é um baile de Halloween invadido por um grupo de contaminados, que começam a matar seus colegas das maneiras mais criativas possíveis (mas, infelizmente, sem maquiagens interessantes para fazer valer o programa). E a narrativa é lenta demais para quem espera um clone de "Extermínio", já que a busca pelo primeiro infectado toma um tempão do filme, fazendo com que a praga só se espalhe perto do final. Ainda assim, tem certo valor trash, especialmente pelos bisonhos diálogos escritos por um pouco inspirado Lenzi (com o pseudônimo Harry Kirkpatrick). O mais fantástico é aquele em que três rapazes se preparam para estuprar uma garota inocente, todos ao mesmo tempo, e um deles comenta: "Nós vamos te transformar num porco-espinho!". O diálogo é genial, mas o filme não é. E Bo Svenson paga um micão como cientista louco com rabinho-de-cavalo.


TUDO QUE AMO (Wszystko, Co Kocham, 2010, Polônia. Dir: Jacek Borcuch)
Adolescência e rebeldia são duas coisas inseparáveis - se você não foi rebelde, também não foi adolescente. E quer forma melhor de demonstrar a sua rebeldia do que uma banda punk, grande oportunidade para poder questionar as instituições (família, igreja, forças armadas...) sem nem ao menos aprender a tocar instrumentos? É disso que trata essa sensível comédia dramática polonesa sobre o amadurecimento de garotos que montam sua própria banda punk na Polônia de 1981, varrida por tumultos político-militares provocados por greves de trabalhadores. A música é a chance para os garotos mostrarem sua insatisfação com o "establishment", mesmo que o máximo de rebeldia dos personagens seja tocar no bailinho do colégio contra a vontade das autoridades. Mas é o tipo de ingenuidade típica de adolescente rebelde, que acha que pode mudar o mundo antes de ficar mais velho e "se vender para o Sistema". Pessoalmente, me identifiquei com o filme porque já fui como a garotada e também tive uma banda punk (que FELIZMENTE nunca saiu da garagem). Além disso, os personagens são simpáticos (o pai de um dos rapazes, militar, mostra-se o completo oposto do que se espera dele), e as relações entre eles oscilam entre o sensível e o engraçado. Um grande filme, nostálgico e emocionante, que eu coloco tranquilamente na lista dos melhores de 2010. E sempre é bom ver uma comédia adolescente com algo a dizer, longe dos tradicionais "besteróis americanos".


CRIAÇÃO MONSTRUOSA (The Kindred, 1987, EUA. Dir: Stephen Carpenter e Jeffrey Obrow)
Quem é das antigas deve lembrar que, na época de lançamento desse filme, as revistas brasileiras de cinema (VideoNews, SET, Cinemin...) escreveram páginas e páginas sobre ele. Não vi na época e só fui conhecer agora. Pois CRIAÇÃO MONSTRUOSA é a cara daqueles exagerados anos 80: tem cientistas loucos, mutantes, monstrinhos melequentos pré-CGI e até uma melancia assassina! Pode ser melhor? Pode: um ator veterano e respeitado (Rod Steiger) aparece tomando um banho de gosma, e uma atriz razoavelmente conhecida (Amanda Pays) passa por uma bizarra mutação que a transforma numa criatura muito parecida com os homens-peixe do Sergio Martino!!! Enfim, é um autêntico samba do crioulo-doido, com um roteiro que parece misturar dois filmes diferentes. Steiger é um cientista louco estilo dr. Moreau que tem um laboratório cheio de criaturas mutantes, mas isso tudo é esquecido depois dos 15 minutos iniciais, quando a trama segue um rapaz em busca da verdade sobre as experiências genéticas da falecida mãe, outra criadora de humanóides. A investigação leva um grupo de personagens toscos até um casarão antigo, onde as experiências da mamãe ainda estão bem vivinhas e com sede de sangue. Impossível de levar a sério, cheio de furos de roteiro, mas muito divertido como representante barato de uma década regada a nojeiras diversas e sangue falso, onde nem mesmo atores como Steiger escapavam de pagar mico e se melecar (a veterana Kim Hunter, da série "O Planeta dos Macacos", também aparece em pequena participação).


VC TÁ AÍ? (R U There?, 2010, Holanda. Dir: David Verbeek)
Um ocidental em viagem à cidade chinesa de Taipei vive um amor introspectivo com uma garota que conhece por lá. Dá até para dizer que o drama holandês VC TÁ AÍ? é o "Encontros e Desencontros" da geração internet, e o filme consegue retratar sem exageros a alienação provocada pela vida virtual. O protagonista é um jovem que viaja pelo mundo participando de competições de games; assim, seu mundinho particular é aquele da guerra de mentirinha do videogame, e ele simplesmente não consegue sociabilizar com pessoas "reais" fora desse universo de bits e bytes. As coisas parecem melhorar quando ele conhece uma simpática chinesinha, mas o relacionamento de ambos no mundo real é movido a silêncio. Chega a ser irônico: o rapaz é capaz de revelar seus sentimentos e beijar a menina no ambiente virtual do Second Life, mas jamais o faz na vida real. E quando um médico-acupunturista define o problema do jovem ("Você vive muito dentro da sua cabeça e esquece que tem um corpo"), parece estar se referindo a uns 80% da geração atual. VC TÁ AÍ? parecerá estranho para quem tem mais de 35 anos, mas trata do mesmo tema da "comunicação pela internet/falta de comunicação fora dela" visto no pretensioso "Os Famosos e os Duendes da Morte". Sai-se muito melhor, mas compartilha com o insuportável longa de Esmir Filho a falta de conflitos e a ausência de qualquer conclusão para as angústias dos protagonistas. É o final xoxo, apelativo até, que acaba estragando o filmaço que VC TÁ AÍ? podia ser. Vale a pena conhecer, mas é preciso estar preparado para seus longos silêncios e narrativa arrastada - que ironicamente será um porre para a maior parte da geração retratada no filme!


ESQUADRÃO COBRA 2 (Snake Eater II: The Drug Buster, 1989, Canadá. Dir: George Erschbamer)
Um policial durão, conhecido pelo apelido de "Soldier" (Soldado), vinga-se violentamente de uma quadrilha que vem matando jovens ao vender cocaína misturada com veneno de rato (!!!). O argumento "brilhante" (sim, foi ironia) e a presença do galã classe C Lorenzo Lamas dão a idéia de que ESQUADRÃO COBRA 2 será um policial casca-grossa e politicamente incorreto, cheio de tiros e corpos ensanguentados tombando. Pena que é o contrário: o filme, na verdade, se aproxima da comédia absurda, com cenas nonsense que me fizeram duvidar da sanidade dos realizadores. Depois de passar chumbo nuns traficantes pé-de-chinelo, ainda no início da história, o herói é preso e considerado insano; assim, acaba condenado à prisão num manicômio judiciário. Mas ele sai do lugar a toda hora para exterminar o resto da quadrilha, inclusive conseguindo bombas e munições com a maior facilidade graças aos próprios internos (!!!). A cena mais absurda é aquela em que o herói está fugindo do manicômio pelo duto de ventilação e cruza, no caminho, com uma prostituta e um entregador de pizza que estão ENTRANDO na instituição para atender os internos!!! Para completar a zorra total, o sujeito age com a ajuda de um dos piores parceiros engraçadinhos da história do gênero, um negro metido a malandro que é insuportável. Não sei se é pior o filme, o fato de ele fazer parte de uma trilogia (!!!) ou o fato de Lorenzo Lamas ficar usando armadilhas e disfarces escrotos (!!!) para matar os vilões, ao invés de simplesmente dar tiros ou socos nos meliantes. Lixo total.


SCREAM - GRITOS NA NOITE (Scream, 1981, EUA. Dir: Byron Quisenberry)
E para fechar com chave de ouro (ou chave de merda), esse foi o primeiro dos dois únicos filmes dirigidos pelo dublê Quisenberry (o outro saiu APENAS 23 anos depois, em 2004!). Ele tenta aproveitar a "febre slasher" que tomou o mundo após o sucesso de "Sexta-feira 13" no ano anterior. Pena que, ao contrário de outros divertidos slashers do mesmo ano ("The Burning", "Dia dos Namorados Macabro"), esse aqui falha em todos os quesitos. Trata-se da história de um grupo de turistas que paga uma fortuna para visitar uma cidade-fantasma dos tempos do Velho Oeste. Isolados no lugar, tornam-se alvos fáceis para um misterioso psicopata. Na verdade, SCREAM (mesmo título daquele famoso filme do Wes Craven) é um horror sobrenatural travestido de slasher, com uma explicação final fantasmagórica para os crimes. Mas não faz muita diferença, pois os clichês são os mesmos: alguém que tem um "mau pressentimento" sobre o lugar, as vítimas que saem sozinhas para fazer coisas estúpidas (mesmo SABENDO que há um assassino à solta), e até os personagens são clichês (não falta nem o sujeito misterioso, aqui interpretado pelo veterano Woody Strode, nem o gordo engraçado). Pena que o diretor de primeira viagem desperdice o clima e a ambientação (pois a cidade-fantasma realmente é arrepiante), e não tenha a menor noção de ritmo, transformando seu filme num dos piores e mais sonolentos slashers de todos os tempos. Pior: com 14 personagens em cena, a contagem de cadáveres é ínfima: cinco assassinatos, e todos off-screen!



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