Eu nunca fui um grande fã de animes (filmes de animação produzidos ao estilo japonês) ou de mangás (as histórias em quadrinhos japonesas). Mas dois filmes que marcaram a minha juventude são justamente animes adaptados de mangás: "Akira" (1988), de Katsuhiro Otomo, que considero uma obra-prima, e "Ai City" (ou "Ai Shitî", no original), de Kôichi Mashimo, que foi produzido dois anos antes, mas tem muitos elementos em comum com "Akira" - e talvez por isso mesmo eu goste tanto dos dois.
"Akira" é bastante popular aqui no Brasil, e recentemente ganhou uma respeitável edição de colecionador numa caixa metálica com 2 DVDs. Já "Ai City" caiu na obscuridade, e pouquíssimas pessoas que não eram moleques na década de 80 (como era esse que vos escreve) vão lembrar que o desenho foi lançado em vídeo nas nossas locadoras com o título TERROR EM LOVE CITY, lá por meados de 1987.
Peço licença aos leitores para dividir com vocês como redescobri TERROR EM LOVE CITY depois de mais de 20 anos da primeira vez que vi: eu conhecia o título nacional da animação, mas não o original ("Ai City"), então não tinha nem como pesquisar maiores informações sobre ela na internet. Pois eis que ano passado (2011) entrei numa videolocadora em São Paulo que estava se desfazendo das suas últimas fitas VHS, e no meio delas estava TERROR EM LOVE CITY. Emocionado, comprei na mesma hora. Custou apenas um real, mas não me importaria em pagar 50 por esse autêntico pedaço da minha infância.
O incrível é que mais de 20 anos se passaram desde aquela primeira e única vez que eu tinha visto o filme, mas ainda tinha diversas imagens da animação gravadas de maneira bem nítida em minha mente, como as enormes cabeças que surgem no meio de uma estrada e levantam voo, ou os violentos combates entre heróis e vilões com fantásticos poderes telepáticos, ou ainda o vilão que é um anãozinho no controle de um gigantesco corpo robótico, quase como uma versão cyberpunk do Master Blaster de "Mad Max Além da Cúpula do Trovão"!
Outra coisa que me lembrava muito bem é que, quando moleque, eu não tinha entendido patavinas da trama do filme, mas mesmo assim fiquei embasbacado com a ação e com o visual "futurista" do desenho. Pois vejam só: agora, mais de 20 anos depois, continuo sem entender patavinas de TERROR EM LOVE CITY, talvez porque a dublagem nacional tenha sido mal-feita, ou talvez porque o roteiro de Hideki Sonoda simplesmente não faça nenhum sentido, tentando condensar num único filme de 1h20min informação suficiente para uma série inteira com cinco ou seis episódios!
Mas o que importa é que o negócio continua cumprindo seu papel: desde que comprei a fita, eu já revi o desenho umas duas ou três vezes, e, mesmo sem ter certeza se entendi ou não a história, continuo ficando embasbacado com a ação e com o visual! E como tem muito marmanjão igualzinho a mim por aí (descobri que o cineasta capixaba Rodrigo Aragão, diretor de "Mangue Negro" e "A Noite do Chupacabras", é outro grande fã do filme), eis aqui um justo resgate dessa pérola esquecida.
Vamos começar com duas coisas curiosas sobre a fita lançada aqui no Brasil pela WR Filmes. A primeira é um ponto positivo: o filme surpreendentemente chegou ao mercado nacional numa cópia em seu formato original; ou seja, em widescreen, com as famigeradas barras pretas em cima e embaixo da tela, que não eram comuns nos tempos do VHS, e que muita gente simplesmente odiava, autorizando as distribuidoras a cortar as laterais da imagem para chegar ao famigerado formato "tela cheia".
A outra curiosidade é um ponto negativo: os distribuidores nacionais resolveram cortar toda a sequência de créditos iniciais, eliminando assim qualquer informação que permitisse ao espectador pesquisar maiores detalhes sobre a produção (como o título original ou o nome dos realizadores). Sem a abertura, o filme começa bem no meio da ação, e o dublador anuncia o título TERROR EM LOVE CITY sem que nenhum título apareça escrito na tela!
Por sinal, eis uma das grandes qualidades dessa animação: a história já começa a mil por hora, sem apresentar os personagens e sem dar maiores explicações (e buscar explicações é algo inútil, conforme veremos em seguida). Sem nenhum letreiro informativo ou narração que apresente a época e o lugar em que se passa a história, já encontramos nossos personagens principais num carro em alta velocidade, sendo perseguidos por velozes motocicletas pelas ruas desertas e escuras do que parece ser uma cidade futurista não-identificada.
No caso, os personagens principais são Kei (pronúncia gringa da letra "K"), um rapaz que possui destruidores poderes psíquicos; Ai (pronúncia gringa da letra "I"), sua filha pequena dotada de poderes ainda maiores; Reiden Yoshioka, um ex-policial beberrão que agora trabalha como detetive particular, e um esquisito gato com reações humanas que parece ter saído de algum desenho dos Estúdios Disney.
Como eu escrevi dois parágrafos atrás, o roteiro de Sonoda não se preocupa em dar muito "background", então o espectador nunca fica sabendo como diabos esses personagens acabaram dentro daquele carro em movimento, ou como se encontraram. Porque, pelos diálogos, fica evidente que Reiden não faz a menor ideia de quem sejam Kei, Ai e o gato mutante; então como é que eles acabaram todos juntos no meio de uma perseguição, afinal? E como o detetive foi se meter nessa história de super-humanos e poderes psíquicos se é "apenas" um homem normal?
Desista: o roteiro não explica como se deu o encontro nem porquê. É como se você estivesse assistindo uma minissérie a partir do segundo capítulo e o primeiro nunca mais será reprisado, então você precisa pegar a história já andando e tentar entendê-la. No caso, aqui, nossos heróis começam sua aventura fugindo de motoqueiros malvados liderados por outra telepata, a bela K2 (cujo nome foi traduzido simplesmente como "Kate" na versão brasileira). A moça é tão poderosa que pilota sua motocicleta com a força da mente, sem sequer segurar o guidão.
Enquanto transcorre a perseguição, o diálogo entre Kei e Reiden dá as primeiras pistas para que o espectador entenda um mínimo sobre o que está acontecendo: no universo futurista do filme, existe uma organização criminosa chamada "Fraud", que, por meio de experimentos (ilegais?), está criando "super-humanos" ao amplificar seus poderes telepáticos em laboratório.
Kei e Ai eram cobaias da Fraud, mas escaparam dos laboratórios da organização e agora são perseguidos pelos seus soldados, incluindo K2 - que, conforme o nome original evidencia, deve ser uma versão "revista e melhorada" do próprio Kei.
Se parece simples lendo assim, saiba que assistindo o desenho animado pela primeira vez não é tão fácil de entender. Até porque a dublagem nacional traduz o nome da organização criminosa literalmente, como "Fraude", e seus membros como "Fraudulentos" (!!!).
E a primeira vez em que Kei cita Fraude e Fraudulentos numa mesma frase, você precisa se segurar para não rir - aliás, quem foi o engraçadinho que achou que "Fraude" era um bom nome para uma organização criminosa, se sequer é discreto? Isso lembra aquela piada sobre a placa escrita "QG Secreto do Serviço de Inteligência de Portugal" na frente do prédio do QG Secreto do Serviço de Inteligência de Portugal...
Voltando à ação: os motociclistas malvados são explodidos ao bater num caminhão-tanque, e Kei e K2 lutam usando seus poderes psíquicos. Essa cena é brilhante porque já dá o tom da coisa: os guerreiros telepáticos de TERROR EM LOVE CITY, batizados "Headmeters" no original, exibem num mostrador digital luminoso em suas testas (!!!) o nível do seu poder mental. Quanto maior o número na testa, maior a força psíquica do indivíduo - mais ou menos como se os Scanners de David Cronenberg fossem personagens de um videogame 8 bits!
O que K2 não sabe é que Kei, originalmente um "Headmeter" fraquinho que mal atinge o nível 5, tornou-se uma espécie de super-paranormal graças à sua associação com Ai, e agora consegue elevar seu poder ao infinito!!! Ao fazer isso, ele detona K2 e rasga o horizonte da cidade (não tente entender, é preciso ver para crer!), abrindo um portal para outra dimensão que suga a inimiga. Mais tarde, K2 voltará desmemoriada graças à "surra telepática" que levou, e passará a lutar do lado dos bonzinhos.
Tudo isso acontece nos primeiros cinco minutos de TERROR EM LOVE CITY, e deve ter detonado o cérebro de vários moleques inocentes, como este que vos escreve, graças à sua ação desenfreada, violência explícita e nudez (K2 fica completamente nua ao ser atingida pela onda de "poder mental" de Kei!!!). E a coisa só fica mais e mais exagerada e movimentada a partir de então.
Logo descobrimos que a Fraud é liderada por Lee, um vilão que tem o rosto coberto por uma máscara metálica, e que é tão fodão que nem se dá ao trabalho de caminhar: ele levita para lá e para cá usando seus poderes psíquicos! Nunca fica muito claro (hehehe) o que exatamente a Fraud quer com a menina Ai, mas é atrás dela que Lee e seus "Fraudulentos" estão, e azar de quem ficar pelo caminho.
Mas há um outro problema que ameaça ambos os lados do confronto: Lai Lou Chin, um antigo aliado de Lee, e que agora é um dissidente da Fraud e também quer pôr suas mãos em Ai. O sujeito tem aquele visual "Master Blaster" que citei no começo da resenha: ele é um velho anãozinho que fica o tempo inteiro submerso dentro de uma espécie de aquário na "cabeça" de um gigantesco corpo mecânico que controla por telepatia (acima)! Sério, o que será que tem na água que esses japas tomam?
Lee e Lai Lou Chin começam a brigar para ver quem pega Ai primeiro, com direito às tais cabeças gigantes que brotam do asfalto (uma das cenas mais geniais do filme, e que acabou estampada na capinha da fita brasileira), sangrentos duelos entre paranormais, robôs gigantes e o bizarro "romance" entre a desmemoriada K2 e o beberrão Reiden - que, coitado, é o único ser humano "normal" na trama, sem nenhum poder especial além de um revólver de pouquíssima utilidade!
Quando parece que a história não pode ficar mais confusa e complexa, eis que o roteiro apresenta uma nova ameaça à integridade física de heróis e vilões: uma substância identificada (ao menos na dublagem brasileira) como bio-poluição, que se espalha como um câncer pelo corpo dos humanos e os transforma em monstros gosmentos que se alimentam de DNA (!!!).
E depois que você já desistiu de entender o que se passa e espera que pelo menos o final jogue um pouco de luz sobre a história toda, TERROR EM LOVE CITY termina com uma conclusão sem pé nem cabeça, um daqueles "finais circulares" que fazem a trama voltar ao ponto de partida, mas sem nenhuma mínima explicação sobre o que aconteceu e o porquê daquele desfecho! Como já escrevi, muito moleque deve ter ficado com danos permanentes no cérebro graças a essa animação...
O engraçado é que os próprios personagens do filme fazem piada com o fato de a história ser tão confusa. Quando Reiden pede a Kei que "explique direitinho" porque eles estão sendo perseguidos pela Fraud, Ai responde: "Nem explicando o senhor entende!". Mais adiante, no meio de uma pancadaria, Kei fala para um ainda confuso Reiden: "A explicação fica para depois, vamos fugir daqui!". É claro que a tal explicação nunca vem, ao menos para o espectador...
Alguns flashbacks interrompem a narrativa para tentar explicar o mínimo sobre o passado dos personagens. Descobrimos, por exemplo, que Kei e Ai não são pai e filha, mas algo bem mais complicado: Ai é um clone 10 anos mais jovem de Etsuko, grande amor de Kei, que também foi cobaia nas experiências da Fraud, mas morreu no processo. Ao descobrir sobre o clone, o rapaz resolveu adotar Ai como filha e ajudá-la a fugir do laboratório e da perseguição da Fraud.
(Essa cena também explica os nomes dos personagens, já que descobrimos que Kei é o experimento 308-K, por isso o nome "K", e Ai é a cobaia 307-I, por isso se chama "I"!)
Já um outro flashback mais confunde do que explica: nela vemos vários dos personagens, heróis e vilões, como cientistas de cara limpa, sem seus implantes biônicos ou corpos robóticos, e aparentemente todos são amigos, dando a entender que a história inteira pode estar se passando numa dimensão paralela ou num mundo artifícial criado por esses cientistas, estilo "Matrix", onde Ai seria a única pessoa "real"! Quer saber? Nem tente entender!
Há uma possível explicação para o fato de a história de TERROR EM LOVE CITY ser tão confusa: o roteiro foi baseado num mangá criado por Shuho Itabashi, e publicado entre 1983 e 1984 no Japão (capa de uma das revistas ao lado). Não consegui encontrar os gibis para ler, mas um artigo na Wikipedia dá mais detalhes sobre a trama e sobre os personagens originais dos quadrinhos, o que ajuda a encontrar um pouco mais de sentido na adaptação cinematográfica.
Embora o roteiro da animação tenha deixado de fora muita coisa do mangá (como a esposa de Reiden, Akemi, que fica enciumada com a paixão platônica da "ex-vilã" K2), o básico das motivações dos heróis e vilões entrou no filme, ainda que de maneira bem simplificada. O mangá também esclarece porque Lee e a Fraud querem Ai: eles acreditam que a menina é uma criatura lendária conhecida como "Trigger", capaz de amplificar o poder dos paranormais ao seu redor (o que ela realmente faz com Kei). Talvez o mangá também explique melhor a criatura de bio-poluição que aparece na conclusão e o que diabos significa aquele "final circular"...
Mesmo que TERROR EM LOVE CITY me deixe com um nó no cérebro toda vez que revejo, eu continuo gostando muito do filme. Não só pela nostalgia, mas principalmente pelo charme dessa aventura cyberpunk, que parece ter forte influência do cinema de horror classe B dos anos 80, incluindo a violência explícita obrigatória nas produções daquela década.
Há uma cena fantástica em que Lee mostra a extensão dos seus poderes mentais explodindo a cabeça de um criado humanóide e espalhando o cérebro da vítima pelo rosto da sua secretária! O monstro gosmento e cheio de tentáculos que absorve suas vítimas para roubar-lhes o DNA também rende uns momentos bem escabrosos, com imagens dignas de filmes como "Do Além" e "O Enigma do Outro Mundo".
E dá para pescar algumas referências diretas a filmes de ficção científica, como as cabeças gigantes que lembram "Zardoz", de John Boorman, ou um letreiro anunciando a emissora de TV "THX-1138", que também é o nome do primeiro longa-metragem de George Lucas.
Além das referências, existe algo de muito engraçado nos diálogos rebuscados, cheios de baboseiras pseudo-científicas que fazem pouco ou nenhum sentido, e que rendem pérolas do tipo "Aponte essa arma para mim novamente e eu acabo até mesmo com suas células", ou "Tenho 83,5% de certeza". O fator trash rende até um momento impagável quando, durante uma luta de Kei com vários inimigos da Fraud, toca um pop-rock bem fuleiro com letra em inglês, cujo refrão anuncia: "He's our man / He's a special man / He's a psychic fighter"!!!
Enfim, TERROR EM LOVE CITY é muito, mas muito legal! Poucas coisas são tão anos 80 quanto guerreiros psíquicos cujo nível de poder aparece num mostrador digital luminoso em suas testas (no estilo daqueles velhos relógios digitais da Casio)! Poucas coisas, também, são tão anos 80 quando batalhas entre telepatas que soltam raios e rajadas elétricas ao som de pop-rock! Por fim, poucas coisas são tão anos 80 quanto o visual cyberpunk absolutamente caricatural dos personagens e cenários aqui representados, com destaque para o imponente arranha-céu de centenas de andares que é o quartel-general da Fraud, e que se projeta muitos metros acima dos prédios "comuns".
A verdade é que você esquece rapidinho que a história não faz o menor sentido graças à ação, às lutas absurdas e exageradas, à arte "futurista" da animação, e principalmente graças à excentricidade dos personagens - eis que, lá pelas tantas, K2 inexplicavelmente se veste como uma coelhinha da Playboy (!!!), com orelhas de pelúcia e até rabinho!!!
Embora seja relativamente desconhecido, TERROR EM LOVE CITY também tem muito em comum com outras produções mais famosas da mesma época. Por exemplo, o visual dos vilões Lee e Lai Lou Chin é muito parecido com o do Destruidor e de Krang, dois inimigos das Tartarugas Ninja nos quadrinhos e desenhos animados (com a diferença de que Krang foi criado para a série animada em 1987, um ano depois desse anime japonês).
Outros elementos, visuais e narrativos, lembram muito "Akira", da sequência de perseguição com motos velozes na auto-estrada aos duelos entre paranormais, da organização secreta que faz experiências para criar soldados com poderes psíquicos à bizarra criatura gosmenta que aparece no ato final. Embora a adaptação para o cinema seja de 1988, o mangá "Akira" era publicado desde 1982, e deve ter inspirado tanto o mangá "Ai City" quanto TERROR EM LOVE CITY.
Tudo somado, eu recomendo TERROR EM LOVE CITY com louvor, mesmo para aqueles que não morrem de amores por desenhos animados japoneses, seja pelo traço característico ou pela ação estilizada dessas produções.
Mas, descontando o fato de ser uma animação japonesa, o que temos aqui é um autêntico "Filme para Doidos", com um roteiro sem pé nem cabeça que troca explicações por ação, violência explícita e nudez, e com um montão de personagens legais tanto do lado dos heróis quanto dos vilões.
Quando o filme acaba, você pode até estar totalmente perdido e confuso com o que viu, mas dificilmente não ficou fascinado com o universo de "Ai City" a ponto de lamentar que não tenham sido produzidas outras animações ou histórias com os mesmos personagens. Com a devida imaginação, você pode até encarar TERROR EM LOVE CITY como uma espécie de "prequel" para o maravilhoso "Akira".
E, como curiosidade final, tanto o diretor Mashimo quanto o roteirista Sonoda continuam na ativa, principalmente este último, que escreveu episódios do desenho "Pokemón" e alguns dos longas baseados nessa série animada, além de - pasmem! - ter feito uma pequena participação especial como ator em... "The Toxic Avenger 2", da Troma!
Como escrevi, eu não sou muito fã e tampouco um grande conhecedor de animes. Pode ser que hoje existam coisas semelhantes ou bem melhores que TERROR EM LOVE CITY, provavelmente mais sangrentas e complexas também - e já li um montão de resenhas negativas sobre este anime pela internet.
Mas o que importa é que essa obscuridade foi uma das tantas que teve um papel fundamental na minha formação como cinéfilo "alternativo", naqueles saudosos tempos em que você podia entrar numa videolocadora e topar com um tesouro como a fita desse filme. Rever a velha VHS da WR Filmes tem um sabor de nostalgia e ao mesmo tempo de tristeza, porque remete a um tempo bom que não volta mais.
Cena de abertura de TERROR EM LOVE CITY (cortada do VHS nacional)
******************************************************* Ai City / Ai Shitî (1986, Japão) Direção: Kôichi Mashimo Com as vozes de: Miyuki Ueda, Hirotaka Suzuoki, Yûji Ueda, Nachi Nozawa, Mami Koyama e Kiyoshi Kobayashi.
* E a quem interessar possa, eis a capinha do VHS brasileiro do filme (clique para ampliar).
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